Já ganhei flores de namorados, de pretendentes e de amigas.
Não obstante, nenhuma, ouso dizer, nenhuma, fora tão especial quanto aquela. Era
uma dessas tardes chuvosas de início de setembro; era uma dessas infinitas
pequenas flores que ganham o chão com os ventos de agosto. Ele, um menino de
rua. Eu, uma menina de carro, que chorava o fim de mais um amor. Ele, ao me
ver, estendeu-me a mais linda pequena-flor-cor-de-rosa e disse: “você é muito
bonita”. Ganhei o dia. Ganhei a vida. É de coisas assim que se ganha a vida; e
não daquelas grandiosas promessas falsas que você me fez.
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