domingo, 28 de junho de 2015

qualcosa per te

Quando eu achei que tudo houvesse, enfim, perdido a cor, você estava lá. Pintado com as cores e com meus sonhos de infância - e de adolescência, e de vida adulta. Com maestria incomparável, lavrava os versos e a prosa de meus dias; com as vírgulas, enchia meu coração de vida e aos meus olhos fazia retornar a esperança.
Guiei-me aos pouquinhos, flutuei em plumas e hermeticamente fechei meu coração. Não adiantou, porém: mais uma vez, a ingenuidade dos meus pensamentos facilmente cedeu à perspicácia dos seus. Vieram a cerveja, o vinho, a música e o banquinho da São Domingos. Vieram as letras, a admiração. E depois veio a angústia. Eu, mais uma vez, fadada às lágrimas por alguém que, antes, já encontrara  seu alguém.
Que destino!

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